Supporting materials
Download
Download this article as a PDF
Teste algumas experiências simples mas impressionantes, para ilustrar a mistura aditiva temporal de cores e criar uma mistura de sombras coloridas.
Habitualmente, muito pouco tempo é dedicado ao estudo da luz e das cores nos programas curriculares do ensino secundário, por isso há uma lacuna nos conhecimentos dos alunos sobre esta área da Física quando terminam a escola.
Antigamente, as demonstrações de mistura aditiva de cores eram asseguradas por projetores e transparências com cor vermelha, verde e azul. Hoje, uma abordagem mais comum utiliza projetores de díodo emissor de luz (LED) vermelho, verde e azul. Aqui, apresentamos outras possibilidades de baixo custo, como por exemplo, autocolantes coloridos. Também investigamos sombras coloridas iluminando uma superfície branca com três luzes coloridas e introduzindo um objeto entre elas.
Estas atividades são adequadas para alunos com idades entre os 11 e os 16 anos.
De acordo com a teoria desenvolvida por Thomas Young e Hermann von Helmholtz, no século XIX, experienciamos as cores graças a três tipos diferentes de células recetoras (agora conhecidas como cones) na retina, cada uma das quais é mais sensível aos comprimentos de onda vermelho, verde ou azul da luz. Young escolheu três cores principais porque descobriu que poderia produzir qualquer cor do espectro (assim como o branco) por uma mistura de três luzes sobrepostas definidas para intensidades apropriadas. Ele também descobriu que isso poderia ser alcançado com uma gama de comprimentos de onda; isso significa que há um certo grau de arbitrariedade na definição das três cores primárias.[1]
A teoria de Young–Helmholtz levou ao desenvolvimento do chamado modelo vermelho, verde, azul (RGB). O modelo RGB foi aplicado nas primeiras experiências de fotografia colorida e atualmente é usado para produzir cores em ecrã de computadores, televisões e telemóveis.
Na mistura aditiva de cores, a combinação das três cores primárias, vermelho, verde e azul, em proporções iguais produz o branco, enquanto a mistura de quaisquer duas cores primárias em proporções iguais produz as chamadas cores secundárias: amarelo, ciano e magenta. Quando a mistura aditiva de duas cores produz o branco, essas cores são ditas complementares, ou seja, ciano e vermelho, magenta e verde, e amarelo e azul.
A mistura aditiva pode ser demonstrada de forma direta projetando diferentes luzes coloridas sobrepostas numa tela. Chamamos a isso mistura aditiva simples. No entanto, devido ao tempo de reação limitado dos nossos olhos e à resolução espacial, também percebemos a mistura de cores em outras circunstâncias menos óbvias:
Em 1826, John Ayrton Paris inventou o taumatrópio, um brinquedo que consiste num disco com uma imagem em cada lado, que, quando girado rapidamente usando cordas torcidas, criava a ilusão de que ambas as imagens estavam sobrepostas. Este dispositivo também é chamado de Roda de Faraday, em homenagem ao físico britânico Michael Faraday, que mais tarde o usou para investigar o fenómeno da persistência retiniana.[2]
This first activity explores the temporal additive mixing of two primary colours using cardstock paper and a stick. Students will be able to see for themselves that additive colour mixing does not yield the colours expected fromEsta primeira atividade explora a mistura aditiva temporal de duas cores primárias usando cartão e um bastão. Os alunos poderão ver por si mesmos que a mistura aditiva de cores não produz as cores obtidas nas experiências de mistura de tintas ou argilas. Eles também poderão observar o fenómeno da persistência retiniana.
Uma alternativa é construir um equipamento com um motor para girar os bastões; isso é mais útil para discussões com todos os alunos.[3, 4] Veja o material de apoio para ter mais detalhes sobre como construir o equipamento com motor para uma atividade alternativa. Outra alternativa simples para a Atividade 1 pode ser encontrada na Ref. [5].
Esta atividade demora aproximadamente 20 minutos, sem incluir a produção das cartas.
É importante que os alunos percebam que na mistura aditiva de cores falamos de misturar luz com cores diferentes. Ao misturar tintas (ou seja, pigmentos), é a mistura subtrativa de cores que ocorre, ou seja, cada um dos materiais misturados absorve (subtrai) certos comprimentos de onda à luz (branca) de entrada. Os alunos geralmente estão mais familiarizados com a mistura subtrativa de cores devido à sua experiência de misturar diferentes cores de tinta ou argila, então esta questão deve ficar clara.
À medida que o suporte e o cartão giram, observamos a mistura aditiva temporal das duas cores no cartão: vermelho e verde piscam em rápida sucessão, ativando os cones sensíveis a essas duas cores primárias em nossa retina. Ao misturar duas cores complementares, como azul e amarelo, vemos o branco na área sobreposta. A luz refletida do autocolante amarelo ativa os cones que são sensíveis ao vermelho e ao verde, enquanto a luz refletida do autocolante azul ativa os cones sensíveis à luz azul.
Esta atividade usa uma bola de LED que pisca vermelho, verde e azul sequencialmente em uma frequência alta o suficiente para parecer branca quando em repouso. Como na Atividade 1, os fenómenos de mistura de cores aditivas e persistência retiniana são explorados. A atividade leva cerca de 10 minutos.
Procedimento
Discussão
A bola de LED contém três LEDs de alta intensidade (vermelho, verde, azul), que, quando ligados, piscam sequencialmente em alta frequência. No entanto, quando a bola está em repouso, percebemos uma luz branca constante devido à persistência retiniana. A bola não é bem branca, mas tem um brilho rosado, porque o LED vermelho é um pouco mais intenso do que os LEDs verde e azul.
No entanto, quando a bola é balançada na corda é possível observar todas as três cores individualmente, pois a bola está em uma posição diferente cada vez que os LEDs piscam. Se reduzirmos a velocidade da bola, as luzes vermelha, verde e azul começam a se sobrepor e observamos magenta, amarelo e ciano.
Se perguntarmos aos alunos quais são as cores das sombras, a maioria responderá que as sombras são pretas. No entanto, as sombras podem assumir cores diferentes, como vemos nesta atividade,[4] que leva cerca de 20 minutos para ser concluída.
Devido às posições ligeiramente diferentes de cada um dos três LEDs, a haste gera três sombras. Cada uma dessas sombras forma-se quando o objeto bloqueia uma das três luzes. Em cada caso, a cor da sombra corresponde ao efeito combinado das duas luzes que não foram bloqueadas pelo objeto.
A sombra amarela forma-se onde os raios vindos da luz azul são bloqueados pelo objeto. Como a luz dos LEDs vermelho e verde alcança essa região, as cores combinam-se, dando à sombra uma cor amarela.
In the same way, the magenta shadow forms where the green light is blocked by the object. The red and blue light in that region mixes, giving rise to a magenta shadow. Finally, in the region where the red light is blocked by the object, blue and green light mixes, giving rise to a cyan shadow.Da mesma forma, a sombra magenta forma-se onde a luz verde é bloqueada pelo objeto. A luz vermelha e a luz azul naquela região misturam-se, dando origem a uma sombra magenta. Finalmente, na região onde a luz vermelha é bloqueada pelo objeto, a luz azul e luz verde misturam-se, dando origem a uma sombra ciano.
Se trouxermos o objeto para mais perto da tela, as sombras aproximam-se e eventualmente começam a sobrepor-se: a superposição das sombras amarela e ciano produz verde, pois isso corresponde ao bloqueio das luzes vermelha e azul, enquanto a superposição das sombras ciano e magenta produz azul, pois isso corresponde ao bloqueio das luzes amarela e verde. A combinação de todas as três sombras leva à familiar sombra preta.
Este conjunto de experiências pode ser facilmente realizado na sala de aulas e ajuda os alunos a familiarizarem-se com os conceitos de mistura de cores aditivas e persistência retiniana, bem como a entender a origem das cores complementares e das sombras coloridas. O conteúdo aborda outros tópicos curriculares encontrados em física (luz), biologia (visão) e arte (mistura de cores). Em relação ao último, os alunos ficarão cientes da diferença entre misturas de cores aditivas e subtrativas, normalmente estando mais familiarizados com as últimas a partir das experiências da infância com tintas ou argila.
[1] Gregory RL (1990) Eye and Brain: The Psychology of Seeing chapter 7. Princeton University Press, Princeton. ISBN: 0691048371
[2] Kuhn A, Westwell G (2012) A Dictionary of Film Studies 1st edition. Oxford University Press. ISBN: 9780199587261
[3] Caamaño Ros A et al. (2011) Física y Química. Investigación, Innovación y Buenas Prácticas pp 123–127. Grao. ISBN: 978-84-9980-081-3
[4] Apresentação da atividade “Luz, color y óptica cromática”: https://www.youtube.com/watch?v=D7NpdJDP2ac
[5] Cortel A (2004) Simple experiments on perception of color using cardboard turbines. The Physics Teacher 42: 377. doi: 10.1119/1.1790349
Download this article as a PDF
Traduzido por Paulo Santos Ramos. Arranje um CD e uma caixa de cereais, e o que obtém? Com uma pequena ajuda de Mark Tiele Westra, o seu próprio…
Já viu uma vaca azul? Uma maçã azul? Ou uma árvore azul? O azul é raro na natureza, então porque será que algumas plantas e animais são…